quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

UMA VIDA


Isto não é filosofia! É apenas uma ideia, que, quando se tem, por norma, gostamos de a partilhar, pensar que os outros vão gostar e acharem eles, e acharmos nós, que somos geniais, que os outros nunca teriam tido essa ideia, e que ideia tola... Basta olhar para o mundo e ver qual o nosso contributo. Ora pensem, o avião já existe? A lua já foi conquistada? Correto? E olhem que não fui eu que inventei o avião e muito menos conquistei a lua, e quando digo que não fui eu, é porque não fui, não sou mentiroso. Mas como disse o avião e a lua, poderia ter dito o computador e o fundo do mar, o carro e as montanhas, ou uma pequena agulha e a vida comunitária das abelhas. Seria caso para eu pensar que sou um fracasso, que a minha existência é nula, mas não, de facto, não é tão nula assim, uma vida que, de quando em vez, reinventa o amor.
JR2011

1 comentário:

  1. UMA VIDA... a minha opinião!

    Acredito que não temos de estar continuamente a inventar a roda. Afinal ela já existe. Desde que também não queiramos alimentar o rolo compressor para esmagar a nossa criação - o amor que em nós existe somente para dar lugar a um outro amor reinventado! O amor nasce de um nada e torna-se na razão da própria sobrevivência. Não se (re)inventa, sente-se, vive-se e não se explica! Quem o tentar é tolo!

    Chorar, rir, borboletas no estômago, arrepio na espinha, batimentos rápidos do coração e vibrar são apenas alguns sintomas de quem sabe amar. (Re)inventar sintomas é negar própria existência! É, de facto, viver no vazio. É programarmo-nos! Alheios muito vezes à nossa própria vontade, mas porque somos seres humanos, (im)perfeitos, estes sintomas podem ser mantidos, agravados, desvanecidos ou até abolidos.

    Lamento a idealização de um sentimento que contraria o amor pelo descartável. E não falo aqui de amizades coloridas ou paixões fúteis. Não acredito na enfermidade do verdadeiro amor! Acredito sim, que o amor precisa de ética quando derruba o modelo irrealizável de um relacionamento. Acredito, ainda, que a fidelidade carece igualmente de revisão. Mas, também acredito que nem todos terão de inventar de novo o amor. O único compromisso que predico entre dois seres que se amam é a recriação permanente do amor através de novas emoções e compromissos – dar-lhe medida humana!

    Sonhar com príncipes e princesas encantados e óptimo, seguir a receita do romantismo dos filmes de Hollywood é melhor ainda, mas o estado perfeito é saber que, na vida, vamos ter que amar as “Marias” e os “Joões”, que são em tudo parecidos connosco, com as mesmas fraquezas, imperfeições e, também com a nossa eventual generosidade.


    Apenas uma nota: tenho seguido o teu blogue, denoto uma verdadeira ascensão, farei tudo o que estiver ao meu alcance… sabes disso!
    SEMPRE...

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