quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Colo Profano

Ao que chega a miséria humana,
o uso que se dá a uma criança.
A mesma mão a segura e profana,
cruel é nascer assim , sem esperança.

Onde esta o teu orgulho de raça cigana?
Não será isso apenas uma remota lembrança?
Apenas humilhação, é o que o teu rosto emana,
que apetece quebrar como quem quebra faiança.

Será eterno esse teu triste fado?
De joelhos? Com o teu filho no seio?
Pobre criança, com o destino já traçado.
Um objecto de obter a alheia piedade.
Que presente? Que futuro? É triste e feio.
Quem dera que o não fosse de verdade ...

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