sábado, 17 de dezembro de 2011

AMOR E NADA (poema naïf)

Não me peças que te beije.
Não me peças que te abrace.
Pede-me antes que te deixe,
antes que a vergonha nos embarace.

O amor nunca foi vergonha.
O amor não é só coisa boa.
O amor não vive de peçonha.
O amor não é só vida doida.

O amor também é construção.
O amor é prédio erguido com alicerce.
O amor é poema, rima é canção.
O amor é mel que dos lábios verte.


Mas o amor também é nada,
É algo sem qualquer definição.
Amor é equação complicada,
Que não cabe neste poema, rima ou canção.

1 comentário:

  1. Olá João Ramos,
    Ao invés de “Amor e nada” não será a vida condenada por um “Amor ou nada”? Cristina Aguilera perscruta: “what do you do when you know something's bad for you and you still can't let go?” Eu também já fui naive tal como seu poema…
    Beijo BR

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