quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Estrela cadente (poema JOCOSO)


Um dia vi uma estrela cadente,

e logo me pôs a pensar um desejo,

depois de o pedir, sorri de contente,

pois o meu “pedir”, era de ti, um beijo.
 

E certo que o desejo seria meu,

para tua casa, lá caminhei!

Mas que azar, vejam o que aconteceu,

em casa, àquela hora, não estava ninguém
 

A minha cabeça pôs-se logo a pensar,

num grande e belo estratagema.

Assim que tu chegasse, ia-te apanhar,

Pois beijar-te era o meu único lema.


Se bem o pensei, melhor o fiz,

mas a coisa correu para o mal,

deste-me um valente murro no nariz

e fui passar a noite ao hospital.


Afinal o que caia na noite de então,

não era uma estrela cadente…

era sim, um balão de S. João,

que se queimara num de repente….
 

Então decidi esperar pelo S. António,

e não me pôs as estrelas mais a ver.

Por fim, anos passado, contraímos matrimónio,

para os dois e o nosso amor viver.
 

João Ramos


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