sábado, 1 de setembro de 2012

Porque a vida é também ela feita de um hoje sim! Amanhã? Talvez não!


Porque a vida é também ela feita de um hoje sim! Amanhã? Talvez não!

E como seria enfadonha uma vida perfeita?! Sem um pequeno e dissonante contratempo!?

Uma vida em banho-maria, um grande nada simplesmente! Um suspiro sem graça! Um abreviado lamento!

Mas tanta dor… porra pá! NÃO e NÃO!

Em mim, hoje, aqui e agora, tudo é negro denso, perturbante e assustador, ominosa escuridão!

O coração? Esse acha-se enlodado num luto! E eu de fumo negro no braço, porque levo solenemente, hoje, a enterrar um amor, que paradoxalmente ainda está, em mim, demasiado vivo!

A noite e a insónia são as minhas únicas companheiras, nesta marcha desacompanhada para o interno panteão!

Em desespero, ainda te estendo a mão, meu ainda amor, como um homem-menino, perdido! Mas não te encontro, nem a ti, nem a ninguém…

…será este meu “bem te querer”, o meu sepulcro?

De joelhos, rezo-te no quintal, onde todas as flores, uma a uma, paulatinamente, de forma sincronizada, foram tolhendo…. quiçá de compaixão!?

Espaço outrora viçoso, que das muitas lágrimas por mim vertidas, se transformou em pestilento pantanal!

Aos ombros, encolhidos tolhidos pela vergonha e dor, carrego em esforço a “urna tumba caixão ausente”, que em solitário cortejo fúnebre, levo agora mesmo a enterrar num “jazigo que jaz” algures no meu coração!

6 comentários: