quinta-feira, 5 de julho de 2012

Carta de Amor Primeira


Carta de Amor Primeira

Dentro de mim, 04 de Julho de 1914

Minha querida!



Como gostaria que te visses como eu te vejo... com os meus olhos…

Que sentisses o mundo à tua volta fazendo uso dos meus sentidos, mas que na essência, jamais deixasses de ser tu! Poderias então, dessa forma, avaliar o que penso e sinto quando te olho…

Como gostaria que o meu coração fosse, por alguns momentos, umbilicalmente ligado ao teu e que nesses breves momentos, sentisses o meu pulsar por ti… quando te sinto e olho… taquicardias do amor….

Como gostaria que as tuas mãos por momentos fossem as minhas, poderias, assim, sentir o quanto já te quero e amo, pela forma terna e intensa como no meu pensante te toco, te guardo, te acarinho!

Na verdade, apenas num hipotético momento onde o teu “TU” fosse o meu “EU”, te levaria a entender e a compreender a pureza, e porque não, a dimensão deste meu mais do que embrionário amor… porque tudo o resto que te possa dizer, será sempre uma muito pálida e enevoada imagem do que penso e sinto em mim…por ti!

Muitas são as coisas mensuráveis e explicáveis na vida… o tempo, o vento…o frio e o calor, a força das marés… e muitas as lógicas e formas de medição, mas nenhuma delas, feliz ou infelizmente, consegue medir ou explicar o amor, este meu já amor maior por ti!

Porque o amor não se explica, sente-se, vive-se, gota a gota até ser fonte… e nesse momento singular, o que sinto por ti será perene!

Que estoicamente todas as cartas de amor continuem a ser ridículas, mas sempre e só, com e por causa do amor!




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