quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Por que morrem os Bombeiros? Um manifesto pessoal de REVOLTA!


 

Para que se saiba, os BOMBEIROS, morrem, sobretudo, porque o Estado, o grande legislador, teima em não aplicar as coimas que deviam e estão estipuladas na lei há anos, para os proprietário de floresta, que pura e simplesmente não limpam as matas… é natural que não faça cumprir a lei, pois o Estado, o maior proprietário de todos, tem infinitos hectares por limpar.

Os Bombeiros morrem porque é nesses terrenos, públicos e privados, cheio de silvas e mato, de difícil acesso, que eles combatem de forma desigual, enquanto o fogo salta, voa, progride, come e destrói, o BOMBEIRO, arrasta-se penosamente por encostas, de mangueira e agulheta ao ombro, sabendo que há mais fogo pela frente do que água na viatura, quando já não há água, há giestas, ou um ramo, e quando os níveis de fadiga já há muito que foram ultrapassados, eles continuam, a subir e a descer, a ir e vir, a enfrentar o fogo, o FOGO que é INOCENTE, criminoso é quem o liberta, quem o acende e atiça, e sempre em terrenos férteis em materiais para serem devorados, soltar o fogo ai, é como levar uma criança à Disney, assim, não é o fogo que matando, na realidade não mata, mas sim quem o ateou, quem não obriga os proprietários a limpar as matas.

Assim, tão culpado é o incendiário, como o estado.

O problema não é a falta de meios, nem de homens, é sobretudo falta de vontade política.

Se se gastasse mais na limpeza das matas ou na obrigação de mandar limpar, ficaria por certo sempre mais barato em dinheiro, e sobretudo, em vidas, do que pagar para ter mais meios aéreos de combate aos incêndios.


O combate aos incêndios faz-se na terra, na Assembleia, no cumprimento das leis e de preferência, fora da época estival.

Este ano, mais do que em outros, a sociedade tem uma eterna divida de gratidão e de sangue para com todos, mas todos os bombeiros deste e de todos os países.

O verão haverá de acabar, escutam-se as vozes políticas revoltadas, embargados de luto. No entanto a revolta dos políticos e o seu pretenso luto vai esmorecendo, e a pensarem baixinho: - Agora só se fala disto para o ano!

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