quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Sem Razão, Com Saudade e Dor


Estou sem razão, com saudade e dor…

…sem razão, porque fui eu quem te perdeu, porque tu, nobre de sentimentos e valores, nunca me deixaste, mesmo quando eu, mea culpa, e assim me confesso, à tua sorte e dor te abandonei, egoísta que fui, fútil nas acções e cruel, demasiado cruel nas minhas omissões…

…com saudade, porque tudo na vida tem o seu reverso, tem o seu Boomerang. Acreditamos que as coisas se vão para sempre…ups… e quando menos esperamos, ou talvez não, regressam, contudo, regressam com uma força inimaginável; com o peso de todo o universo. Algo que nos cai literalmente em cima, sem aviso, sem dó ou sem qualquer resquício de piedade…mas que querias tu? Que a saudade te fosse suave? Branda? Leve? Quando tu próprio foste de uma crueldade cirúrgica, de uma malvadez superlativa de superioridade e megalómana e de um egoísmo a toda a prova…sim, tu, que sem qualquer pré-aviso, por respeito ou amor, sem qualquer dó nem piedade, viraste as costas à mais bela e inestimável de todas as riquezas… o amor... o amor simples mas puro, o amor leal e fidelíssimo, o amor sempre presente, mesmo quando te encontravas fisicamente distante…que raio de homem és tu?

Terás sempre, e para todo o sempre, pendente, a Espada de Dâmocles sobre a tua cabeça…e a saudade, será, de agora em diante, uma erva daninha plantada no teu coração, sempre em crescendo, e quanto mais a pisares, recalcares e tentares aniquilar, ela surgirá de novo, e de novo… sempre mais forte, mais dura, mais incisiva, e com anticorpos contra todas as técnicas que puderas pensar em usar, não te resta, se não, o caminho da tristeza, da angústia, da dor.

…dor, dor de alma, de coração, dor pelo vazio.

...dor, o teu tributo, o teu retroactivo pela dor que outrora causaste a um coração cujo único crime era, simplesmente, AMAR-TE. A um coração ainda puro e inocente, crente no amor para toda uma vida, um coração que amadurecia e crescia de forma tranquila, organizada, protegido. Um coração com mais itens de amor, respeito e paixão, do que sementes de rancor, ódio ou inveja, um coração quente e feliz…hoje, pagas, e com razão, com saudade e dor.

A tua dor, fruto da tua irresponsabilidade, são os juros merecidos de por teres lançado, pensavas tu que impunemente, à sua sorte, o coração de uma mulher, que apenas se limitava a viver para ti e a amar-te, e que hoje, é um coração  mais amargo, mais duro e frio, que fizeste tu a esse lugar onde se guardam os sentimentos? Quer os bons, quer os maus…???

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