Saudades de ti…
Saudades de mim…
Saudades de nós, de um amor puro
e vivido no plural, que ficou para traz…
…tento inventar, embora que em
vão, uma máquina do tempo que me leve e que te leve, até aquele doce passado…a NÓS…
…resta-me cair, sem eira nem
beira, como um indigente sentimental, um sem abrigo do amor, na cama vazia,
fechar os olhos, e sentir que os mesmos humedecem ao pensar-te, ao sonhar-te…tento
encontrar resquícios do teu cheiro, o cheiro de uma mulher, de uma companheira,
de uma amante…mas faz muito tempo que ele se evaporou…
…é então, que vencido pelo cansaço,
com as peças de um coração despedaçado e um desejo enorme de nós encontrar lá
atrás, nesse passado feliz, que nos meus sonhos de dor, se monta uma máquina do
tempo…é em forma de espírito que te consigo ver, que me consigo olhar, que nos
vejo numa cúmplice troca de palavras, juras de amor eterno, beijos quentes e de
verdadeiro prazer, dois corpos unidos numa ode épica ao amor, ao mais puro,
cristalino e nobre AMOR.
…acordo quente, como que febril,
a cama desfeita, agitado, mas ao mesmo tempo, com o coração tranquilo…por
momentos, sinto o teu cheiro, o cheiro de uma mulher, de uma companheira
de uma amante…mas apenas o sinto por breves instantes, demasiados
breves instantes…
…um dia, quem sabe, irei fechar
este capítulo e arrumar este livro…ou não…porque o sonho, também nos alimenta
para a vida…!
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