Independentemente do que disserem, que determinadas declarações, são dentro de um propósito, ou de um contexto, a verdade, é que o “nojo” e “nojo”, significa luto, apoderou-se de mim.
Na verdade, um 1.º Ministro que aconselha, de forma muito tranquila, os professores no desemprego a emigrarem, de forma tão ligeira e vil, na conjuntura actual, não tem o mínimo sentido de governação ética, nem moral, pensa que é o salvador (da pátria) o Messias, com a mensagem da boa nova, mas afinal, é um trapalhão, insensível.
Não discuto que essa é uma das saídas para os portugueses, mas para muitos portugueses, não só os professores…sabemos que há coisas que podem e devem ser ditas, mas há formas e meios de endereçar mensagens deste peso, de forma diferente, e em época diferente.
Em vésperas de um natal muito pobre, de um natal depressivo em todos os sentidos, materiais e humanos, este homem, que é 1.º Ministro de Portugal, mas não é o meu 1.º Ministro, e depois da verborreia ditada, ainda menos o sinto como representante daquilo que sou e sinto em ser português.
Aceito e aceitei tudo, toda a austeridade, mas a falta de sensibilidade, não tem desculpa.
Este senhor, não tem um mínimo de sensibilidade, e não só afetou a classe dos professores, que imagino o quanto não se estarão a sentir mal, mas aquilo foi um conselho para todos os portugueses, e eu fico a pensar: - este homem não é o 1.º Ministro de Portugal, este homem, é Noé, e Portugal a Arca, aparentemente, e profeticamente, quererá esvaziar o país, e ficar só rodeado de animais, salvando os das suas espécie (leia-se correligionários).
Não me venham com desculpas, nem me venham falar do Sócrates, para eu não ter de falar do Cavaco, leia-se sim o PRESENTE, e por muito que seja um conselho, foi dado no meio errado, da forma errada e no “timing” menos acertado, só posso dizer que por esse Sr. , por via das suas declarações, tem o meu NOJO.
Virão outros profetas dizer: - ah, mas se ele tirar Portugal da Crise, já será herói...
Pois antes que alguém tenha a veleidade de vir com essa justificação para cima de mim, a minha resposta fica já dada. Se nos tirar da crise, não esta a fazer nada mais nada menos que a fazer o mesmo que um sapateiro, a remendar calçado, e ninguém faz uma festa de cada vez que ele arranja um pare….até porque ele cobra por isso. Assim, se de fato no seu tempo de governo nos tirar da crise, não tenho de lhe bater palmas, nem idolatrar, faz o seu trabalho, pois na verdade, nós não só lhe pagamos para isso (nós o estado=povo), como somos nós que à míngua cada vez mais, pagamos de forma direta e indirecta através de cortes, impostos e outros meios, a saída da crise.
Já não escuto PASSOS, apenas os CASCOS das PATAS DE UM DOS CAVALEIROS DO APÓCALIPSE.
Saber quando, como e onde, é tão fácil...
Um feliz natal, a todos, mas em particular aos professores no desemprego, e que terão sentido um amargo de boca no dia de hoje.
PS: Salve-se que até lhe indicou que o poderiam fazer para os PALOP’s, seria conselho de amigo? Uma dica depois de uma aturada investigação aos locais onde se podem fixar os professores no desemprego, ou porque quis passar um atestado de estupidez à referida e mui nobre classe e profissão?
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