sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Punição e castigo

A Paisagem flutua, qual jardins suspensos da Babilónia…o nevoeiro adensa…
A Pena, no tinteiro cárcere, mea culpa, cai no esquecimento!
Eu e a vida, solidários, em tudo, apenas e só uma só tença…
…eu e a vida, em sinal de união, no dizimo da dor a pagamento!


Que bom fustigar (-me), é o meu! Chicote justo que estalas uníssono!
Como pode ser tão purificador, este, em bom rigor, auto flagelamento?
Pelos meus pecados mundanos e profanos, joga, o Prazer V Dor! Sou submisso!
Pecante na vida sou! Sim de fato, mas sem alegria, com justiça, dor e lamento!

Assim estou, por minha vontade, desacompanhado, por uma multidão de pecados,
numa mortuária da Santa Inquisição! Em expiação! Heresia! Heresia! Não ouço gritar!
Abrenuncio, mas não vade retro satana! Sou réu e sentenciador, destinos cruzados!
Perdão não! Rogo castigo, anseio pelo chicote justo, gáudio meu, ouço já seu sibilar!

A cada vergastada o meu corpo geme, eu não! Só penso para que serve o perdão!?
Será que não é para que se possa pecar? Que vicio, este meu gozo de castigo e dor!
Não cresci com falta de amor! Não tenho falta de amor! Será fetiche? Ou maldição?
Já cansado de mim, o chicote pára! Olho-me ao espelho, e apenas vejo um dependente
réu, de si próprio, em simultâneo, sentenciador…




1 comentário:

  1. Será que não se dramatiza demais João? Que pensa que fez para merecer ser castigado?
    Não se magoe a si próprio, os outros encarregam-se disso!!.....

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