Sem
inspiração no dia de S. Valentim
Fruto
proibido.
Que
nome queres que eu hoje, em dia de S. Valentim te dê?
Sim!
Como é que hoje, este escravo teu te haverá de chamar?
Sabes!
Aquilo que fazemos, em poucos livros ortodoxos, sobre o amor, se lê,
Já
brincámos a tanto, e mesmo assim, conseguimos sempre variar…
Ah,
aos passivos!? Certo! Então, onde queres que te toque Mulher?
Onde
sentes tu, efectivamente, aquele agridoce Maior
Prazer?
Comanda-me,
já marioneta sou! Não aceito que me digas: - num sítio qualquer?
Vá,
diz-me, ajuda-me, sou pobre e submisso! Onde e como hei-de eu fazer?
Provocante!
Sinto já, e tu bem sabes, um calor em mim, uff, abrasante…
quente,
muito quente, tão quente que minha tez, começa, escaldante, a rosar!
Ai
minha fêmea mulher! Se é isto que é ser teu macho homem e amante,
então
PORRA pá! Isto é TUDO, e assim, hei-de querer sempre te amar!
Gatinhas
em minha direcção, acelero, tocas-me, erecção! Sobes mais acima!
Cravas
as tuas unhas de gel em mim! Cheira a cabedal…és deliciosamente louca!
É
este, hoje, o nosso amor? Um poema de sexo com muitos fluídos e rima?
Caramba!
Somos poetas, nada é fútil, nada em nós fica, ou é coisa fraca e oca….
Intenso,
intenso… sobe e desce elevador… e já sinto o prazer a chegar,
belo
e gritante, gutural, intenso e cheiroso… escandalosamente desinibido!
As
caldeiras arrefecem, menos ofegantes e penso: -é assim que quero viver!
Legalmente
minha companheira e mulher, ainda assim, agora e sempre, fruto proibido!
João Ramos
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