sábado, 21 de janeiro de 2012

Fala-me!

Fala-me com calma e bem devagar,
de modo a eu te tentar perceber,
o que estamos os dois a Ganhar!
O que estamos os dois a perder!

Vá lá…abre o teu coração para mim,
não temas, não tenhas esses receios,
a falar, chegaremos por certo a algum fim.
Tens é que falar solto e sem rodeios!

Escreve-me! Se para isso, na caneta, sentires emoção!
Lembra-te disto: que ao falares para o papel,
estás a aliviar essa dor que mora no teu coração,
de Criança, de Menina, e de Mulher.

Mas o que mais desejava, agora, era ficar a sós contigo!
Onde ninguém nos pudesse encontrar!
Longe de todo o mal e de todo o perigo,
tipo... num “espaço quarto escondido”, livres para Amar!

Nada pode durar para todo o sempre!
Sei que muitos haverão de pensar assim.
Mas o meu amor por ti irá durar eternamente…
…eternamente, porque não lhe sabemos, por agora, um fim!

Sei que por vezes o ridículo me atraiçoa,
Sei também, que tenho muito para mudar.
Mas acredita, não quero ser uma outra pessoa…
…quero apenas ser EU, para te continuar a amar!

Assim…com o destino marcado…mas sem fim!!!


2 comentários:

  1. Pura e simplesmente amei este poema João...de poema em poema tu surpreendes...continua !!! :)

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  2. Olá João Ramos,

    É agradável observar as conotações e os sentidos implícitos neste poema e interligá-los com as ideias nele explícitas. Acredito que, tal como eu, outros seguidores consigam estabelecer uma afinidade com este texto, ao limite de se deixarem levar numa sensibilidade estética, principalmente, quando tentam articular as palavras utilizadas e a forma como as apresentou com a subjectividade da análise conseguida.

    A respeito do conteúdo, apreço a importância do diálogo numa relação. O simples facto de se falar pode, efectivamente, aliviar dores emocionais e ajudar a fortalecer a confiança entre pessoas que se amam. Mas, não nos alienamos do verdadeiro sentido do amor: o amor não pode ser palavra, não deve ser falado! O amor deve ser sentido, deve ser amado. Palavras bonitas e rebuscadas embelezam os livros de poesia mas apenas a prática de tais palavras enfeitam o livro do amor e alegram o coração de quem ama.

    Ósculos e amplexos, BR

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