sábado, 7 de outubro de 2017

Abraça-me forte e agora!

Abraça-me agora meu eterno amor, como se o mundo inteiro estivesse para explodir…
Abraça-me forte meu eterno amor, como se, e nunca se sabe, não houvesse um novo amanhã…
Abraça-me agora meu eterno amor, como alguém que tem hora marcada inadiável para partir…
Abraça-me forte meu eterno amor, como se os pilares invisíveis que sustentam a terra fossem ruir…

Abraça-me e deixa-me chorar, gritar como uma criança que sabe do que sofre, mas não consegue verbalizar…
Abraça-me, e deixa-me ter uma penosa, parva e quase pueril pena de mim, porque as doutas cousas de amor, têm tanto de bom como de ruim…
Abraça-me e nada digas, pois é no teu silêncio que encontro as águas calmas onde o meu coração se precisa de banhar…
Abraça-me forte, num abraço profiláctico, desmedido e sem fim, pois sofro dessa maleita chamada amor, daquele amor parvo e sem fim…

Eventualmente acabarei por me entregar aos braços de Morfeu, num sono tranquilo e sereno, como se mal nenhum houvesse neste mundo…
Tu, em vigília, mulher, minha mulher, forte és. E eu, num sono bem sono, sono profundo, sonho que algures numa realidade bela paralela, existe um mundo sem dor de amor, onde uma única placa de rua diz: -Bem-vindo seja ao lugar do amor nosso de todos os dias, o lugar do amor meu e teu!
… prende-me para sempre nesta terra de sonho, meu leal Morfeu! Assim é meu desejo, assim o desejo eu…

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