E quando abrimos as mãos? E encontramos em conjunto, razão,
alma e coração!
Como se fossem um só… o que, na realidade, se tu e eu
pensarmos bem, até são…
Uma espécie de Santíssima Trindade, que faz rodar o
carrossel mas inebriante de todos… o carrossel dos sentimentos, dos gemidos, dos
murmúrios bons e maus, ou apenas lamentos… e que tanto nos eleva o ego, como
causa dor profunda e enjoo! Mas tudo, bom ou mau, passa, são momentos!
Vinde!
…meninos e meninas, senhores e senhoras, bem-vindos a
bordo deste círculo vicioso…cai e levanta, e de novo no chão… cai e levanta, e
de novo no chão … redundância até mais não…
Defeito? Quiçá?
Que se arranje um culpado desde “adesso”, “maintenant”,
“porra” pá, para agora…neste momento… para já!
Ela não pode morrer solteira, a culpa, embora nesta
vida de “vaudeville” sentimental, plena de “rendez vous” de “amour”, nada
pareça o que é… onde nada e tudo é mentira, onde nada e tudo é verdade! Onde acreditar
nele, no amor, e que este possa ser uma questão de crença humana, ou de uma devota e religiosa
fé!
- Talvez uma
roda dentada fundida, mal gerada, imperfeita (diz o contramestre do carrossel) com
falhas aqui e ali, a roda magoada, em si e por si… ela própria já farta de ser
roda dentada fundida, mal gerada, num momento mal-amada, no seguinte odiada, e mesmo
sendo de aço… fica uma marca, na roda, uma e outra ferida… roda carrossel do sentimento…
roda e gira… tu que tanto dás à razão, alma e coração morte, como lhes dás vida!
… embora, para nós… amar nunca foi nem coisa nem causa
perdida…
Uma mistura de amor, e de outros sentimentos que não
se explicam, apenas se sentem, e sente-se por que é amor, e só porque sim, não
devia, mas… que se lixe… repito… é amor… enfim…
(silêncio! Chiu! Um diferente, contudo teu, respirar)
… por fim acordas do teu sono, levantas-te, nem
reparas em mim, eu, como que em pecado, olho o teu corpo, solenemente vestido
de uma enorme, em organza, diga-se, nudez!
Miro a tua em silhueta em contraluz, que se
espreguiça… e eu, parvo como sou, deixo-me adormecer, para filosofar,
quando deveria ter tomado o teu corpo de costa a costa, entrar, com a proa fálica
vibrantemente erguida, bem dentro e fundo do teu porto materno, e nele atracar…
Sabendo que nada é eterno… mas não será por isso que
iremos deixar de nos querermos… de amar… de cair e levantar e de novo no chão…
cair e levantar, e de novo no chão … redundâncias do carrossel dos sentimentos até
mais não!
Parabéns João, soberbo este texto , que dom é este?
ResponderEliminarQue te deixa tão transparente quando escreves?