Quem
sois vós? Em quem vejo coisas grandes e fantasiosamente fantásticas nesses seus
olhos, quando, por pequenos momentos, ligeiramente encolhidos, estão numa plena
e incomensurável ternura.
E quando
os seus carnudos lábios sorriem para o mundo? Ai que tonto sou… pois penso, qual
Pierrô, jamais Arlequim, que inocentemente, talvez, e só talvez, apenas e somente,
por uma vez, minha doce e terna Colombina…
sorriem para mim...
… sinto
um nó na garganta, de ânsia interminável, que se estende até ao meu peito,
lugar onde dizem que fica a arrecadação da alma e do coração, como tal, mais
para o bem do que para o mal, lá, descansa o amor… lá, descansais vós, em alva candura!
Ó minha
doce Seirene,
que com o seu doce canto, em mares salgados e tumultuosos, a uns quantos leva à
perdição, e a outros, errantes mareantes, mas puros apaixonados, salva da morte
certa, que mesmo de lágrimas encharcados, e de olhos tristemente cansados, os expia
da dor e do pranto sem fim…
… quem
sois vós na realidade?
Colombina? Seirene? Se eu nem Pierrô,
Arlequim
ou marinheiro sou?
Sois a
Mulher e Senhora que os meus pesadelos em sonhos transformou!
E o que
sinto? Amor? Creio que sim! Paixão nunca, pois é sinónimo de amor com dor! Mas
por certo, muito, mas muito mais do que uma, por grande que seja, amizade!
Não
foi assim que Zaratustra falou… mas é o que me vai cá dentro, e esta, quer vós
quereis quer não, é a mais simples, humilde e ungida de amor verdade.
00H02
10/04/2018
Uninewmetal
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