não creias, porque o não é, um apelo a ti, uma dor ou
queixume.
É antes de mais, e mesmo primeiro que tudo, o que eu
transpiro…
… paixão vertiginosa, amor dor no peito, porque é feito de chama forte,
lume…
Este meu mais que cavado olhar, que para bem longe,
sem pouso certo, atiro,
não creias, porque o não é, um olhar mendigo a ti,
cruel, não és imagem que levemente se esfume.
É antes de mais, e mesmo primeiro que tudo, um olhar
que procura no espaço vazio, um retiro…
… estás alto, meu único e grande amor, mas não tão
alto, perto do céu ou no pico do cume…
Mas de que serve toda esta negação?
Se é para ti que escrevo…
…demónios… mil demónios, vinde, executai-me, cortai-me
uma e outra mão…
… aproveitai e levai para o inferno, na Barca de Caronte,
minh’alma e meu coração!
Muito bonito!
ResponderEliminarMuito bonito!
ResponderEliminarMuito bonito!
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