A escrita é, pode ser, contudo para mim será sempre, a única forma de
positivar uma ideia, não importa qual o alfabeto, ou o suporte… da pedra ao
papiro, do papiro ao papel, do papel ao digital, que curiosamente… acaba impresso
no papel…
A escrita é a doce redundância que nunca fica mal!
A escrita é isto e aquilo, é esta ideia e uma outra, esculpida algures
por mim, por ti, por este, aquele e o outro! Ou pelo “anónimo”, que podendo
sermos todos, na verdade é como que tivera sido escrito por um gigantesco “ninguém”!
NOTA QUE NÃO DE RODAPÉ: Somos ingratos, pois nenhum dos prémios Nobel da literatura, e de outros tantos prémios “láureos”, jamais escreveu tanto, em quantidade, mas também em línguas tão diferentes, bem como em suportes tão diversos como estranhos, sem falar nos estilo, que vão da prosa à prosa poética, da narrativa a novelas e poesia, de escritos breves e filosóficos, mais ou menos arcaicos… o grande Nobel da Literatura é o “anónimo”, nada mais democrático, porque o anónimo não sendo ninguém, reforço, pode ser, é por certo, numa altura da nossa vida, uma vez que seja, ser cada um de nós…
A escrita é o que nos vai na alma, ou talvez não, é o bom e mau, o ódio e
amor, paixão e desapego, muito e nada, naïf, profético ou niilista, com e sem
razão, para desabafo ou chamar à atenção, e no mais, é o blá, blá, blá, etc e
tal!
A escrita é, infelizmente para quem a quer definir e teorizar, sempre algo mais, porque é a escrita. Esta tem muitas vírgulas e pontos finais, mas para que seja infinita, basta saber que tem muitas reticências…
A Escrita é algo que não tem fim, e não há um nano segundo em que não
haja alguém, neste planeta, anónimo ou não, que não esteja a escrever, melhor
ou pior, mas as escrever, nem que seja apenas com o dedo a apontar e a desenhar
no céu, ou na areia molhada de uma qualquer praia, porque se a escrita é
infinita, a imaginação do ser humano não o é menos!
… no principio era o Verbo, e no fim, creio eu, o Verbo é também ele o
fim… para se começar sempre de novo…
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