sexta-feira, 28 de junho de 2013

O sindicalismo militante já era...


Cada vez é maior o meu luto (leia-se NOJO), por quem (des) governa este país, e não me refiro apenas ao governo.
Embora corra o risco de ser vaiado e odiado, pelo menos não sou cínico, e digo que o sindicalismo em Portugal deveria ser repensado, muito mas muito bem avaliado, bem como as muitas fornadas de profissionais, encostados nos sindicatos e encostados às regalias dos sindicatos. O sindicalismo militante já era, é passado, embora ainda subsistam alguns puros, estes são meteoricamente abafados, mas não "banidos", espera-se, pois é mais de "camarada", que de bafio estes vão caindo, morrendo, para depois se prestar uma efusiva homenagem, ao grande camarada, ao grande sindicalista que partiu, e assim, todos ficam bem na foto. Muito provavelmente irá haver cravos na cerimónia, e agora, porque está na moda, cantam o "Grândola...", como se fossem donos da música...quantos a cantarão como aqueles católicos que rezam o Pai Nosso, mas que nem se dão conta do que estão a dizer?
Sou Socialista, sou de esquerda, sou um apaixonado das coisas da história, um curioso das lutas pela conquista de direitos, e quanto mais “leio” o passado, e não preciso de ir à proto-história do sindicalismo, mais triste e inquieto fico, e pergunto a mim mesmo, aos meus sentidos, se estarei a ler, a ver, a interpretar a mesma coisa…
Infelizmente custa-me escrever mas tem de ser, mas na verdade, muito do sindicalismo não me “cheira a esturro”, cheira-me mesmo mal.
A estrutura de alguns sindicatos, bem como muitas das suas regalias e outras alcavalas, e o clientelismo, fazem lembrar as pedras que os mesmos atiram às organizações políticas, aos gabinetes ministeriais, aos “jobs for the boys”… ou vão-me dizer que não é, presentemente, o que mais grassa nos sindicatos??? Sim, não há necessidade de concordar comigo, fica-se mal na fotografia… dá ideia que se é reaccionário... bom, se  pedir por um sindicalismo mais puro e militante, faz de mim um reaccionário…então sou mesmo um “filho da mãe” reaccionário…ALELUIA!
Não fiz greve, nem farei enquanto aquilo que apenas interessa, ao final do dia, é a luta pelas percentagens de adesão, de um lado e do outro, o que interessa é dizer que foi de 80% ou 90%, mesmo que assim não tenha sido. Eu quero ser mais do que o 1+1+1+1 = 4 que faz parte da gloriosa estatística que dita o GRANDIOSO sucesso da GRANDE GREVE…o que, para usar novamente a letra “g”, é GRAVE, sendo que depois, nada muda… ou muda muito pouco…
… a prova de que já nem tudo passa pelas peleias sindicais, e de que estás já quase ou pouco efeito surtem, é o carimbo inegável, de que a grande “manif” que realmente colocou o governo em sentido, começou nas redes socias… e foi viral…é que ai não era a central “A” ou “B”, o partido “X” ou “Y”, este ou aquele grupo profissional, não meus amigos, era o POVO, o tal onde assenta a nossa soberania… apenas para recordar:
Constituição da República Portuguesa (CRP)
Artigo 3.º
(Soberania e legalidade)
1.       A soberania, una e indivisível, reside no povo, que a exerce segundo as formas previstas na Constituição.
 
Assim penso eu, um socialista militante há vinte anos, que uso óculos para ler, mas não são de “cabedal”…

Presto a minha homenagem ao idealistas do sindicalismo, e cuspo o meu repugno aos oportunistas do mesmo, são eles que o estão a destruir, a desvirtuar!

terça-feira, 25 de junho de 2013

...de um azul justo e curto!



Estou aqui por ti, apenas e só por ti!
 
E em ti, venho a depositar, segundo atrás de segundo, minuto atrás de minuto, hora a hora, dia a dia, todas as minhas mais doces e ternas esperanças.
 
Esperanças de amor, amor que de mim, há algum tempo, tempo de mais, tristemente se ausentou.

Ao olhar-te, com os meus olhos castanhos-escuros, vejo-te linda, de azul curto, a fazer pose, a sorrir, e a ser feliz.

Os meus sonhos, que antes não tinha, pintam-se agora de duas cores: de rosa, assim dizem ser os sonhos bons, e de um azul justo e curto, preso por umas generosas alças a condizer, e têm (os meus sonhos) um nome, o teu, que guardo, “relicáriamente”, dentro de mim.

Curtos e intensos, assim são os bateres do meu coração, a pensar se um dia sairás dos meus sonhos, e poderei finalmente abraçar-te, sentir o teu corpo colado ao meu, beijar os teus ombros, sentir o cheiro do teu corpo, olhar de perto o teu sorriso, que tu e eu sabemos ser mais que perfeito, e talvez, mas só talvez, nesse dia, nesse mais que ímpar momento, enquanto os meus dedos calcorreiam solenemente o teu cabelo, eu te olhe nos olhos e te diga um pouco, uma parte, uma fracção do meu sentir por ti, e de como ele, o sentimento, me corre nas veias, e viaja, alegre e apaixonadamente, entre a minha alma e o meu coração, sussurrando-me, muito pouco em segredo, o seguinte: quem sabe, ainda podes ser feliz!