Cada vez é maior o meu luto (leia-se NOJO), por quem (des) governa
este país, e não me refiro apenas ao governo.
Embora corra o risco de ser vaiado e odiado, pelo menos não
sou cínico, e digo que o sindicalismo em Portugal deveria ser repensado, muito
mas muito bem avaliado, bem como as muitas fornadas de profissionais,
encostados nos sindicatos e encostados às regalias dos sindicatos. O
sindicalismo militante já era, é passado, embora ainda subsistam alguns puros, estes
são meteoricamente abafados, mas não "banidos", espera-se, pois é
mais de "camarada", que de bafio estes vão caindo, morrendo, para
depois se prestar uma efusiva homenagem, ao grande camarada, ao grande
sindicalista que partiu, e assim, todos ficam bem na foto. Muito provavelmente
irá haver cravos na cerimónia, e agora, porque está na moda, cantam o
"Grândola...", como se fossem donos da música...quantos a cantarão
como aqueles católicos que rezam o Pai Nosso, mas que nem se dão conta do que
estão a dizer?
Sou Socialista, sou de esquerda, sou um apaixonado das
coisas da história, um curioso das lutas pela conquista de direitos, e quanto
mais “leio” o passado, e não preciso de ir à proto-história do sindicalismo,
mais triste e inquieto fico, e pergunto a mim mesmo, aos meus sentidos, se
estarei a ler, a ver, a interpretar a mesma coisa…
Infelizmente custa-me escrever mas tem de ser, mas na
verdade, muito do sindicalismo não me “cheira a esturro”, cheira-me mesmo mal.
A estrutura de alguns sindicatos, bem como muitas das suas regalias
e outras alcavalas, e o clientelismo, fazem lembrar as pedras que os mesmos
atiram às organizações políticas, aos gabinetes ministeriais, aos “jobs for the
boys”… ou vão-me dizer que não é, presentemente, o que mais grassa nos
sindicatos??? Sim, não há necessidade de concordar comigo, fica-se mal na
fotografia… dá ideia que se é reaccionário... bom, se pedir por um sindicalismo mais puro e
militante, faz de mim um reaccionário…então sou mesmo um “filho da mãe” reaccionário…ALELUIA!
Não fiz greve, nem farei enquanto aquilo que apenas
interessa, ao final do dia, é a luta pelas percentagens de adesão, de um lado e
do outro, o que interessa é dizer que foi de 80% ou 90%, mesmo que assim não
tenha sido. Eu quero ser mais do que o 1+1+1+1 = 4 que faz parte da gloriosa estatística
que dita o GRANDIOSO sucesso da GRANDE GREVE…o que, para usar novamente a letra
“g”, é GRAVE, sendo que depois, nada muda… ou muda muito pouco…
… a prova de que já nem tudo passa pelas peleias sindicais, e de que estás já quase ou pouco efeito surtem, é o carimbo inegável, de que a grande “manif” que realmente colocou o governo em sentido, começou nas redes socias… e foi viral…é que ai não era a central “A” ou “B”, o partido “X” ou “Y”, este ou aquele grupo profissional, não meus amigos, era o POVO, o tal onde assenta a nossa soberania… apenas para recordar:
… a prova de que já nem tudo passa pelas peleias sindicais, e de que estás já quase ou pouco efeito surtem, é o carimbo inegável, de que a grande “manif” que realmente colocou o governo em sentido, começou nas redes socias… e foi viral…é que ai não era a central “A” ou “B”, o partido “X” ou “Y”, este ou aquele grupo profissional, não meus amigos, era o POVO, o tal onde assenta a nossa soberania… apenas para recordar:
Constituição da República Portuguesa (CRP)
Artigo 3.º
(Soberania e legalidade)
1.
A soberania, una e indivisível, reside no povo,
que a exerce segundo as formas previstas na Constituição.
Assim penso eu, um socialista militante há vinte anos, que
uso óculos para ler, mas não são de “cabedal”…
Presto a minha homenagem ao idealistas do sindicalismo, e cuspo o meu repugno aos oportunistas do mesmo, são eles que o estão a destruir, a desvirtuar!
Presto a minha homenagem ao idealistas do sindicalismo, e cuspo o meu repugno aos oportunistas do mesmo, são eles que o estão a destruir, a desvirtuar!