Afirmo e pergunto-te…
Serão teus os meus olhos!
Serão meus os teus?
Quem sabe? Talvez um dia… talvez um outro dia!
Até porque tentar adivinhar o futuro, pois
bem, é coisa de tolos, não de sábios!
E a mais sou apenas um homem, nem bruxo, nem
adivinho… tão pouco Deus!
A prudência, nos atos, nas acções e até nas
omitas omissões, é sinal de sabedoria.
Declaro e questiono-te…
Serão teus os meus braços!
Serão meus os teus?
Quem sabe? Talvez um dia… talvez um outro
dia!
Não adivinho mas sei, não sonho, que estou a
braços com esses braços que nos abraçam e puxam centrípetos um para o outro,
que aproximam peitos e lábios… num rol de doces amassos.
Confesso que sim, que estou louco por te abraçar,
por te erguer e rodopiar-te no ar numa desmedida, infinita e profunda alegria.
Enfim, mas não por fim… concluo…
… de que será todo teu o meu singular amor!
Será meu o teu?
Quem sabe? Talvez um dia… talvez um outro
dia!
Mas quero-o. Sim, quero esse teu amor que
pressinto ser forte e vivo… de almas incautas apaixonadas… agitador.
E este meu querer amar-te e pertencer-te terá
sido, porventura, a melhor de todas as desgraças que sobre a minha pessoa se
abateu….
…até porque se tivesse sido menos forte e avassalador…
eu o usar não ousaria!