Dia 25 de abril, dia da liberdade, pelo menos da
suposta liberdade. De uma liberdade do jugo e das malhas de uma ditadura, mas
que se foi esvanecendo em plena democracia.
Genericamente sim, de facto temos liberdade!
Genericamente sim, de facto não temos uma censura
oficial!
Contudo e em abono da verdade, em particular em
Miranda do Corvo, esta terra que nos acolhe, OFICIOSAMENTE existe uma mais do
que clara falta de liberdade, liberdade de expressão, de manifestação, de
opinião de tomada de uma posição, seja em público ou em privado… no entanto,
por falta de vergonha, passou a OFICIAL!
Ainda em abono da verdade, há uma mais do que
evidente censura a quem tem a possibilidade de se exprimir, manifestar ou tomar
uma posição contrária ao “status político” há doze anos reinante, faça-o em público
ou em privado, e naturalmente que a censura vai ainda mais longe e é mais
castigadora para todos aqueles que “não sendo livres”, pois dependem “laboralmente”
de uma forma ou de outra à OLIGARQUIA VIGENTE, se atrevem a um esgar que seja
de dúvida, a um suspiro indelével contrário, a uma “nanobrisa” pela mudança, e
esses, são para mim os mais bravos e os mais corajosos… pois arriscam e
comprometem os seus empregos, logo, o seu equilíbrio orçamental, logo
(repito-me) a sua estabilidade familiar. A ELES A MINHA ENORME HOMENAGEM!
Ao contrário de muitos, e do simbolismo da abertura
da sede de campanha no dia 25 de abril, eu não quero, não peço e não é a minha
demanda, um pseudo novo 25 de abril para Miranda do Corvo, esse 25 de abril de
74 é único, é um património maior…
… aquilo que realmente Miranda do Corvo precisa é de
alguém que faça uma “PRIMAVERA” em pleno “OUTONO”!
… aquilo que realmente Miranda do Corvo precisa é de
alguém que sabe claramente a diferença entre o que é o majestoso SERVIÇO
PÚBLICO, e o infame SERVIR-SE do SERVIÇO PÚBLICO!
É por isso que digo, repito, reforço e peço: não
clamem por um 25 de abril para Miranda do Corvo, clamem sim por um homem
simples que não se envaidece com o seu título de Doutor! Clamem sim por um
homem de elevada sapiência, reconhecida pelos seus pares e pelos seus alunos,
mas que ama, vibra, sorri quando vive e convive com a sua gente!
Clamem sim por alguém que tem no seu carácter, na sua
conduta, no seu estilo, a SIMPLICIDADE, a verdadeira e genuína SIMPLICIDADE, e
esse homem, para mim, para muitos de nós, e para os Mirandenses que querem,
desejam e precisam da MUDANÇA COM CONFIANÇA, como do “pão para a boca”, é o
MIGUEL BAPTISTA… porque com ele, e aqui sim, virão os valores, as conquistas,
as liberdades e as não censuras, como as que vieram pela mão dos homens e
mulheres que sonharam e viveram o 25 de abril em 1974.
Só vejo um caminho Miguel Baptista